s pais do bebê britânico Charlie Gard chegaram nesta quinta-feira (13) à Suprema Corte britânica para submeter novas evidências que possam reverter a decisão de desligar os aparelhos que mantém a criança - que sofre de uma doença genética e terminal - viva.
O caso vai ser analisado pelo juiz Nicholas Francis, da Divisão de Família do Superior Tribunal de Londres. Ele deverá decidir desta vez se muda de opinião e autoriza o pedido dos pais, Connie Yates e Chris Gard, para que Charlie seja submetido a um novo tratamento que poderia possivelmente melhorar o seu estado de saúde.
Em abril, o magistrado pediu que fossem desligados os aparelhos que mantém o bebê, que sofre de síndrome de miopatia mitocondrial, uma síndrome genética raríssima e incurável que provoca a perda da força muscular e danos cerebrais, com vida. A instância superior, a Corte Europeia de Direitos Humanos apoiou a decisão das instâncias inferiores, afirmando que Charlie tem o direito de morrer com dignidade.
Através de seu porta-voz, Alistair Marsden, os pais admitiram que acreditam que o juiz decida a favor da "vida do nosso filho ao dar a permissão para buscar um tratamento alternativo com especialistas especializados no síndrome que afeta Charlie".
Na audiência de hoje, que se prolongará todo o dia, o juiz Francis admitiu que é pouco provável que hoje chegue a uma "determinação final" sobre o caso.
Segundo a família de Charlie, sete investigadores e médicos estrangeiros asseguram que este tratamento experimental, do que ainda não se conhecem detalhes, poderia ajudar ao pequeno.
A situação de Gard gerou um grande interesse midiático após as intervenções do Papa Francisco e do presidente dos EUA, Donald Trump.