Além dos bafômetros, capazes de identificar se o motorista consumiu álcool, os condutores também poderão passar por teste de substâncias psicoativas. O governo Bolsonaro pretende implementar equipamentos que conseguem identificar se o condutor utilizou maconha, cocaína, ecstasy ou outros entorpecentes. Quatro aparelhos com tecnologia estrangeira estão sendo considerados em estudo da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública
De acordo com Luiz Beggiora, titular da Senad, com os equipamentos haverá uma redução dos acidentes e mortes no trânsito. O projeto é uma das prioridades do governo. "Já temos bafômetros para álcool, mas para outras drogas não há equipamentos de detecção. Estamos fazendo estudos para viabilizar esse avanço", afirmou Beggiora.
Os "drogômetros" usam saliva para fazer uma primeira detecção de até oito tipos de drogas de uma só vez (entre anfetaminas, metanfetaminas, opiáceos e entre outras), com tempo de coleta de fluido oral estimado em média 2 minutos e 38 segundos, e a análise do material, 5 minutos e 47 segundos. De 164 motoristas que participaram do teste, elaborado em parceria com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e órgãos locais de trânsito, 20,1% tiveram resultados positivos para pelo menos uma droga, que não o álcool.
Além disso, o governo estuda a possibilidade de mudar a legislação com a especificação dos níveis máximos de substâncias psicoativas no Código Brasileiro de Trânsito, que já traz "dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência" como infração. Ainda não há previsão para os dispositivos serem implantados