O reaquecimento das vendas de carros zero no Brasil não impede que a procura pelos usados continue aumentando.
As negociações desses veículos cresceram 4,7% em setembro, na comparação com 1 ano atrás, de acordo com dados da federação dos distribuidores, a Fenabrave.
A entidade considera os registros de transferência de documentos do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
De janeiro a setembro, foram negociados 7,9 milhões de automóveis e comerciais leves (picapes e furgões) usados, um volume 8,5% mais alto que o registrado no mesmo período do ano passado.
Já as vendas de carros novos cresceram 7,9% sobre os 9 primeiros meses de 2016, com 1,5 milhão de unidades.
O aumento na venda dos zero quilômetro, no entanto, é em relação a uma base mais fraca que a dos carros usados, que, no ano passado, terminaram com estabilidade sobre 2015, enquanto as vendas de carros novos caíram ainda mais.
Segundo a Fenabrave, a cada 4 automóveis zero quilômetro emplacados em setembro último, 6 usados foram negociados. A entidade diz que uma média normal é de 1 para 3.
Quando analisada a venda por "idade" dos veículos usados, os seminovos, como são chamados os que têm até 3 anos rodados, foram os únicos a registrar alta no mês passado, segundo a Fenauto, federação que também contabiliza dados do segmento.
Esses dados incluem carros, motos e caminhões.
Foram negociados 501.647 veículos seminovos em setembro, 17% mais do que há 1 ano atrás. O segmento também é o único que cresceu no acumulado do ano, com aumento de 22% nas negociações.
As vendas de "usados jovens" (4 a 8 anos) somaram 356.156 unidades em setembro, queda de 2,6% sobre o mesmo período de 2016. No acumulado, estão estáveis.
As de "usados maduros" (9 a 12 anos) recuaram 3,6% no mês passado, com 121.534 negociações, e o volume de janeiro a setembro também é semelhante ao de 2016.
A procura por "usados velhinhos" (13 anos ou mais) foi a que mais caiu. Mesmo assim, eles foram mais negociados que os "maduros": 202.106 unidades em setembro, volume 6,4% menor que o de 1 ano atrás. No acumulado, a queda é de 3,2% sobre 2016.