Sucesso em A Lei do Amor, Thiago Lacerda é completamente diferente de seu personagem, Ciro. Em entrevista ao jornal Extra, o ator contou que deseja que o vilão, que está tentando se redimir no fim da trama, pague por seus erros, e que não é ambicioso como o ex-amante de Magnólia, vivida por Vera Holtz:
- Não tenho ambições materiais e não sou rico. Se eu parar agora, acaba tudo. Preciso trabalhar. Cheguei muito mais longe do que sonhei, mas, ao mesmo tempo, tenho consciência de que ocupo o lugar que estava reservado para mim. Cada um é para o que nasce. Não negociei nada, não pisei em ninguém para estar aqui. A vida me colocou onde estou. Claro que a beleza abre portas, mas isso não é o que me move.
Desejando ter ainda mais trabalhos na TV, o ator completa, em 2017, 20 anos no ar. Em papéis de galã ou não, Thiago relembra exatamente como foi a primeira vez que entrou no set de gravações, mas afirma que hoje é muito mais seguro de sua profissão:
- Eu me lembro perfeitamente da primeira vez que entrei em um cenário. Fiquei impressionado com a grandiosidade. Hoje é como se eu estivesse em casa. Mas tenho a mesma sensação do início, a de que ainda preciso aprender a fazer o que eu faço. Por outro lado, sou muito diferente daquele jovem. Não tenho mais aquela ansiedade, e a insegurança é diferente.
O ator ainda acredita que ao longo do tempo evoluiu na autocrítica,principalmente depois de se tornar pai de Gael, Cora e Pilar, frutos do casamento com a atriz Vanessa Lóes:
- Há algum tempo sei que dar alguma mancada é inevitável. Eu era muito crítico, exigente. Hoje sou mais generoso comigo. O tempo é bom nesse sentido. Me tornei um ator melhor e uma pessoa melhor, tanto no sentido humano e intelectual como no afetivo, afinal de contas tenho três filhos. Antigamente, olhava só para mim.
Sucesso por onde passa, Thiago Lacerda diz não se incomodar com a fama, mas faz uma ressalva sobre a perda do anonimato:
- A fama não me aprisiona. Sempre fiz tudo o que quis porque nunca me preocupei em atender as expectativas das pessoas. Se estou com os meus filhos, não paro para fazer fotos. Aprendi a dizer não e a não me incomodar se não gostam de mim. Me desapaguei dessa necessidade de ser querido. O problema é que não no Brasil é ofensa pessoal.