A Olimpíada Internacional de Física (IPhO), que este ano será realizada entre os dias 17 e 25 de julho, em Paris, na França, contará com um representante pernambucano.
O estudante Eduardo Barbosa, de 16 anos, está no 3º ano do ensino médio e garantiu sua vaga após conquistar a medalha de ouro em uma seletiva nacional realizada na Paraíba.
Eduardo fará parte da equipe brasileira composta por cinco estudantes de diferentes estados. “Participar da Olimpíada Internacional era um sonho. Passei os últimos três anos me dedicando intensamente, então fiquei muito feliz ao ver que todo o esforço valeu a pena”, celebrou.
“Em Paris, estarão os melhores estudantes do mundo em Física. Não será fácil, mas a preparação nos próximos meses será intensa”, completou.
Eduardo, que integra as turmas preparatórias para o concorrido vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), já conquistou outras medalhas em olimpíadas científicas. Foi ouro na Olimpíada Brasileira de Física (OBF) em 2022, 2023 e 2024.
“Comecei a participar da OBF em 2021, quando ainda estava no 8º ano. Naquela edição, ganhei bronze. Depois disso, entrei para a turma seletiva de Física e para o projeto de alta performance do colégio. Agora, fui um dos cinco selecionados para representar o Brasil em Paris”, relatou.
Para o gestor de Resultados do Colégio GGE, Glaumo de Sá Leitão, olimpíadas de conhecimento não são apenas competições, mas experiências que transformam a formação acadêmica e pessoal dos estudantes.
“O aumento do interesse dos alunos por competições científicas reflete diretamente no desenvolvimento e nas conquistas deles. No ano passado, foram mais de 5,2 mil premiações conquistadas por alunos do GGE em Pernambuco. Em João Pessoa, foram cerca de 600”, destacou.
Em 2024, o GGE registrou mais de 300 aprovações em universidades públicas, muitas delas influenciadas pelo desempenho dos alunos em olimpíadas. Mais de 60 vagas foram conquistadas exclusivamente com base nas medalhas, sem a necessidade do Enem ou vestibulares tradicionais, incluindo universidades de destaque como a USP e a Unicamp.
Esse modelo de seleção, apelidado por muitos como “cota olímpica”, tem crescido no país e incentivado a adesão a projetos científicos dentro das escolas. “Não se trata apenas de ganhar medalhas, mas de construir uma base sólida para o futuro acadêmico e profissional desses jovens”, finalizou Glaumo.