Ranger ou apertar os dentes de forma involuntária – seja durante o dia ou à noite – é a principal característica do bruxismo, distúrbio que atinge até 40% da população brasileira, segundo estimativas.
Além de desgastar os dentes, o problema pode levar a dores de cabeça, sensibilidade dentária e até fraturas.
"A força exercida durante os episódios de bruxismo é tão intensa que pode causar danos irreversíveis, como perda dentária e problemas na articulação da mandíbula", alerta a cirurgiã-dentista Adriana Morosini.
Embora fatores genéticos e problemas de oclusão contribuam, o estresse e a ansiedade são os grandes vilões. O estilo de vida atual piora o quadro:
"O uso excessivo de telas antes de dormir mantém o cérebro em alerta, prejudicando o relaxamento muscular e agravando o ranger noturno", explica Morosini.
Como o distúrbio não tem cura, o foco está na proteção dental e redução dos sintomas:
"Além dos tratamentos odontológicos, técnicas de relaxamento, psicoterapia e redução do uso de telas à noite são fundamentais", orienta a especialista.
Pacientes com bruxismo não tratado podem enfrentar:
Para quem já perdeu dentes, Morosini reforça: "Implantes dentários previnem a sobrecarga nos dentes remanescentes e a perda óssea, mas o bruxismo precisa estar controlado para o sucesso do tratamento".