A delegada-geral adjunta da Polícia Civil de Pernambuco, Beatriz Leite, afirmou à imprensa que os envolvidos na barbárie promovida pelas torcidas uniformizadas de Santa Cruz e Sport, no último sábado (1º), estão sendo investigados por associação criminosa, dano ao patrimônio e lesão corporal. Me desculpe, delegada, mas o que esses marginais são, na verdade, terroristas. Eles deveriam ser investigados por terrorismo. É isso o que eles praticam nos dias de clássicos aqui no Recife. As pessoas ficam literalmente aterrorizadas, evitam sair de casa com medo de serem violentadas. Nesses dias, perdemos o direito de ir e vir, de vestir a camisa do seu time de coração, tudo devido ao pânico de ser agredido ou até mesmo ter sua vida ceifada por esses terroristas. A Constituição Federal é muito clara no seu artigo 5º, inciso XLIII, ao afirmar que "a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos". O que está faltando para a Justiça, o Ministério Público e as polícias tratarem esses marginais como terroristas, pois eles provocam terror social e generalizado, expõem a população à violência, atentam conta o patrimônio público e a paz pública, tamanha barbárie praticada, além de confeccionarem armas e bombas caseiras... Ou seja, elementos mais que suficientes para tipificá-los como terroristas.
Rafael Batista, por e-mail
Após as barbáries ocorridas no último sábado (1º) por ocasião do jogo entre Santa Cruz X Sport, onde vândalos e verdadeiros marginais, aterrorizaram nas ruas a população, com brigas, tumultos, violência. Mesmo diante disso, a Governadora Raquel Lyra resolveu tapar o sol com a peneira. Decretou que as próximas cinco partidas desses dois clubes serão realizadas sem a presença de público. A Governadora, ao invés de punir os clubes, deveria punir suas forças de segurança que não estão preparadas para enfrentar esses problemas recorrentes. Precisa capacitar melhor os policiais a utilizarem a inteligência e antever certas situações, agindo no combate de forma preventiva, assim como identificar e prender os componentes dessas gangues. Fazendo isso será um “gol de placa”.
Miguel Guimarães, por e-mail
Após cenas de violência que rolam em dias de jogos, os políticos aparecem exigindo segurança, falando em punição aos envolvidos, mas dias depois esquecem do ocorrido. Quantos estão presos depois do ataque ao ônibus do Fortaleza? Quantos estão presos após as cenas no jogo entre Santa Cruz x Sport? Esquecem também que os maiores culpados dessa violência são eles, que criam leis para beneficiar marginais, que criaram audiência de custódia que só serve para manter os presídios vazios... Que em nome de ressocialização libertaram quase 4.000 presos nos últimos anos, que em nome da ressocialização mantém marginais perigosíssimos matando, roubando e violentando pessoas que pagam os salários dos políticos através de seus impostos.
Rômulo Alves, por e-mail
Perplexo com a violência entre as torcidas uniformizadas de Sport Santa Cruz, no último sábado (1º). Aliás, torcedores não, quadrilha organizada de marginais que saem pelas ruas e avenidas com a intenção de fazer arrastões, baderna, saquear, espancar e matar torcedores do time rival. Além de depredar, como de costume, patrimônio público como: metrô e ônibus. Hoje, em certos lugares, quem usa camisa do seu time pelas ruas, no Grande Recife, corre o risco de apanhar e até morrer. A cúpula da Secretaria de Defesa Social e da Federação Pernambucana de Futebol, deveriam proibir torcedores terem acesso aos estádios de futebol com as respectivas camisas dos seus times. Só assim, tanto na entrada como na saída dos estádios de futebol, ninguém identificaria de que time a pessoa estava torcendo.
Wellington Monteiro, por e-mail
Os responsáveis pela violência causada pelos vândalos das organizadas são o Governo do Estado, a Federação Pernambucana de Futebol, o Ministério Público de Pernambuco e os dirigentes dos clubes de futebol, pois todos são cúmplices desses marginais travestidos de torcedores. Os caras botam o terror na cidade e ainda têm acesso aos estádios. Como pode isso?
Francisco Andrade, por e-mail
Se a Polícia Militar de Pernambuco sabia os locais onde ocorreriam os conflitos das torcidas organizadas, previamente marcadas pela internet, e, mesmo assim, não prendeu os bandidos com antecedência, é muita incompetência. Somente depois do ocorrido que o governo vem e proíbe torcida nos próximos jogos de Santa Cruz e Sport. Raquel, os verdadeiros torcedores não devem pagar pelo erro desses bandidos e nem pelo descaso da Federação Pernambucana de Futebol.
João Guilherme, por e-mail
Para querer justificar o injustificável, que foi a total incompetência da polícia pernambucana, comandada por Raquel Lyra, ao não coibir o verdadeiro caos causado pelas gangues organizadas no jogo entre Santa Cruz e Sport, a governadora quer que os próximos cinco jogos desses clubes sejam de portões fechados. Ora, Raquel, a senhora ao tomar essa atitude ou está querendo jogar literalmente para a plateia, ou está totalmente desinformada. E, se assim o for, a senhora está sendo boicotada. O Recife inteiro sabe e a Polícia Militar também, há muito tempo, que as brigas entre esses marginais, travestidos de torcidas organizadas, não se dão dentro e muito menos próximo aos estádios. Pelo contrário. Essa briga, ao meu ver, existiu por alguns motivos: total falta de planejamento da SDS, pois efetivo policial havia de sobra; continuam a fazer escolta policial dessas gangues, quando deveria reprimi-las. Mas algumas perguntas a governadora poderia responder, tais como: por que não usou helicópteros e drones para vigiar esses grupos? Por que não pediu auxílio à Prefeitura do Recife para que as câmeras da CTTU pudessem servir também de apoio na fiscalização? Por fim, vossa excelência prometeu na campanha eleitoral que, por conta de ser ex-delegada da Polícia Federal, saberia como resolver o problema da segurança pública de Pernambuco, mas não é isso que estamos vendo.
Marco Wanderley, por e-mail
A violência promovida pelas torcidas ditas organizadas do futebol é um atestado da inoperância da policia estadual em garantir a segurança e a ordem pública. Fica a indagação: se grupos rivais de estudantes ou sindicalistas se enfrentassem da mesma maneira o que aconteceria? A governadora Raquel Lyra disse "que o crime organizado travestido de torcida levou o pânico a cidade". E a sua polícia que tem a obrigação de garantir a ordem, o que fez, além de olhar? Por fim, a decisão da governadora proibindo público nos jogos de Santa Cruz e Sport é totalmente equivocada. Cabe a pergunta: se houver violência no Galo da Madrugada, o bloco vai desfilar por cinco anos sem público?
Sylvio Belém, por e-mail