Fortes chuvas atingiram diversos municípios pernambucanos nessas últimas semanas, principalmente a cidade de Vicência, na Zona da Mata Norte, um dos territórios mais afetados. Com isso, equipes da Secretaria de Saúde de Pernambuco estão atuando no local, buscando monitorar e atender a população.
As visitas foram realizadas através de mobilizações da Vigilância Epidemiológica, Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos Desastres, Saúde Mental, além de apoios técnicos do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Doenças Negligenciadas, Atenção à Saúde e Arboviroses.
Até a última quarta-feira (29), a equipe conseguiu mapear 10 localidades (ruas e avenidas), identificando 194 famílias afetadas, cerca de 776 pessoas. Além disso, 20 famílias estão desalojadas, sendo que 16 estão vivendo de aluguel social e outras 4 estão na casa de amigos ou parentes.
“Dentro da ocorrência do evento da enchente, o município de Vicência apresenta necessidades complexas e intersetoriais no âmbito do setor saúde. Enquanto equipe regional, buscamos atuar de forma rápida, sintonizada com o nível central da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) e com a equipe de saúde do município, de forma integrada, pareando nossos técnicos das várias áreas de atuação aos técnicos dos municípios e promovendo acompanhamento e apoio para o desenvolvimento das ações prioritárias, bem como de maneira holística, olhando para a necessidade de saúde integral de cada usuário do SUS”, destacou a gerente da II Geres, Isabel Leal.
A equipe de Vigilância em Saúde da Geres II orientou a população de Vicência sobre os sintomas, período de incubação e manejo de doenças e acidentes frequentes em áreas de enchentes. São elas:
Além disso, a Vigilância Sanitária também informou sobre bloqueio vacinal (hepatites A e B, dT, dTpa, influenza, Covid-19 e tríplice viral) e alertou sobre sintomas de doenças diarreicas e parasitoses.
A Geres II realizou o acompanhamento das ações nesta quinta-feira (30), onde houve distribuição de hipoclorito de sódio e ações educativas sobre desinfecção da água para a população.
Com o alto risco de contrair doenças de transmissão hídrica, alimentar, ambientais e infecciosas, a população e os profissionais de saúde estão recebendo orientações, além de serem instruídos a localizar pessoas que tivera contato com áreas contaminadas para que medicações sejam ministradas.
Apesar das fortes chuvas, a equipe técnica da Regional informou que não houve prejuízos às estruturas dos serviços de saúde locais, nem demandas por medicamentos, imunizantes e demais insumos de saúde. A orientação é que devem ocorrer mutirões para eliminar focos de proliferação do Aedes aegypti.
“Aproveito para destacar a disponibilidade do município em acolher nossa equipe em todas as áreas da saúde, desde as unidades básicas, ao hospital municipal, à equipe de saúde mental, PNI, e por estarmos juntos, seguindo e desempenhando ações em todas essas áreas com importante impacto para promoção, prevenção e proteção da saúde das pessoas afetadas”, finalizou a gestora.