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2025 de muito fervor

O Brasil mostrou estar pronto para voltar a investir: fecharam/ fecham três grandes chamadas para os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia

Publicada em 06/01/2025 às 09:51h - 75 visualizações

por HELINANDO PEQUENO DE OLIVEIRA


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Em Pernambuco, as coisas também seguem em ritmo acelerado. A FACEPE vem de um bom ciclo de chamadas - Divulgação  (Foto: )

Começou o ano e isso é sinal de que o frevo já tomou conta das ruas e o verão já tomou conta de tudo com muito calor. Mas o fervor que venho tratar é diferente, pois vem da ciência do Brasil, que vem mostrando sinais claros de pujança. Vejamos alguns deles: Um evento gigantesco correu o país e foi finalizado em Brasília em agosto do ano passado (a V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação) que voltou a existir depois de 14 anos de hiato.

A sociedade pôde discutir os planos para o futuro que estão resumidos no livro lilás (disponível em https://issuu.com/5cncti/docs/livro_lilas_relatorio_geral_5_cncti?fr=xKAE9_zU1NQ). Neste ponto cabem os créditos à nossa ministra Luciana Santos e aos professores Sergio Rezende e Anderson Gomes pela organização impecável do evento.

Para além dos planos, o Brasil mostrou estar pronto para voltar a investir: apenas nestes meses de dezembro e janeiro fecharam/ fecham três grandes chamadas para os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, chamada Universal do CNPq e apoio a instituições do Norte e Nordeste pela FINEP. A comunidade acadêmica estava com saudades deste congestionamento de editais e chamadas.

Em Pernambuco, as coisas também seguem em ritmo acelerado. A FACEPE vem de um bom ciclo de chamadas que passam das bolsas de pós-graduação e chegam às bolsas de produtividade e apoio para compra de equipamentos, com a coragem de incentivar a interiorização da pesquisa e dar foco na questão das mulheres na ciência. Depois de tanto tempo, precisávamos dessa euforia para colocar os laboratórios em ordem, animar os estudantes de pós-graduação e fazer a ciência que o planeta precisa, que por diversas vezes difere daquele que interessa ao mercado.

Neste ponto precisamos tocar nas mudanças climáticas. Pernambuco (de Recife a Petrolina) já sofre com a elevação do nível do mar e da temperatura. Alagamentos sem chuva em Boa Viagem já são comuns enquanto que a desertificação no interior avança, sob a ameaça de termos em poucos anos grandes regiões não habitáveis em nosso estado. É obrigação da ciência brasileira e pernambucana atacar este problema de frente e fazer uso da transdisciplinaridade para chegar a resultados mais imediatos, pois o problema já deixou de ser tema de meteorologistas e passa a ser da responsabilidade de médicos, enfermeiros, engenheiros, físicos, matemáticos, cientistas sociais.... Todos precisam cuidar do planeta antes que este atinja o ponto de não retorno, tornando inviável a nossa permanência por aqui. E um spoiler básico: não adianta ir para Marte. É na Terra que devemos resolver estas questões.

A ciência salvou a humanidade de uma pandemia terrível e há de nos salvar de mais esta crise. Seguindo juntos com a ciência (governo e povo) podemos fazer muito mais. Em frente e pelo planeta.

Helinando de Oliveira. Físico. Prof. da Univasf e vice-presidente da Academia Pernambucana de Ciências




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