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Como dois mais dois

Insuficiência detectada no aprendizado de matemática atrapalha o amadurecimento dos indivíduos e pode emperrar o desenvolvimento do país

Publicada em 06/12/2024 às 08:52h - 20 visualizações

por JC


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Armas de gel geram lesões oculares e preocupam especialistas no Recife - Thiago Lucas  (Foto: )

Mais uma nota baixa da educação brasileira. Pela primeira vez na lista de países analisados pelo Estudo Internacional de Tendências de Matemática e Ciências (Timss), que existe há quase 30 anos, o Brasil aparece em destaque negativo: mais da metade dos estudantes do ensino fundamental não demonstram ter noções básicas de matemática – até para a soma simples de números. A reprovação seria certa: esses estudantes estão numa faixa de desempenho considerada abaixo do nível baixo pelo estudo. O constrangedor é que se trata da maioria, deixando escancarado um problema que não é apenas dessa nova geração de brasileiros, e sim, de todo o país, que se estende numa linha contínua de desleixo com a educação, até o comprometimento de nosso futuro coletivo, num horizonte a perder de vista.
Sem reduzir o tamanho do problema, tão grande quanto uma nação abrigada em território, como se diz, de dimensões continentais, o professor Mozart Neves Ramos afirmou, em participação no programa Passando a Limpo, na Rádio Jornal: “A gente está formando uma geração de analfabetos matemáticos na escola, que estão na escola e não estão sendo alfabetizados adequadamente”. De gravidade semelhante à incapacidade, já detectada em outras pesquisas, de muitos estudantes no Brasil, que não conseguem interpretar o que leem, embora saibam juntar as letras e as palavras, o analfabetismo matemático compromete de modo alarmante a formação de conhecimento, o discernimento lógico e a habilidade de abstração de quem não aprende a realizar contas elementares. Isso não se confunde com falta de vocação para o estudo, como se diz no erro popular.
No quarto ano do fundamental, o exame avalia a compreensão matemática básica, por exemplo, na adição e subtração de números inteiros de até três dígitos, na multiplicação e divisão de números inteiros de um dígito, e na resolução de problemas com enunciados simples. Os quase 45 mil alunos e alunas do Brasil que fizeram as provas também não se saíram bem nas questões simples de ciências, como informações sobre plantas e animais, ou sobre as características do planeta em que vivemos. O país ficou em 51º lugar entre 58 países na avaliação de ciências do 4º ano fundamental, e em 55º lugar em matemática. Os do 8º ano ficaram em 33º lugar em ciências e 41º em matemática, dentre estudantes de 42 países – sendo os penúltimos, portanto, no ranking.
O desempenho preocupante que se repete há anos em provas internacionais evidencia um descompasso na estrutura da educação no Brasil, de acordo com educadores como Mozart Neves Ramos. “O futuro do aluno é outro. Então, o professor precisa se reinventar, ter a capacidade de criar coisas novas, problemas novos que não sejam, simplesmente, baseados no conteudismo. Hoje, as mudanças são exponenciais, a gente está vivendo um cenário disruptivo”, aponta. Como dois e dois são quatro, a educação no Brasil, ao invés de catalizador de mudança, segue sendo um gargalo para o desenvolvimento do país.




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