O Sindicato dos Rodoviários realizou uma assembleia, na madrugada desta terça-feira (26), na garagem da empresa Borborema. Os ônibus já voltaram a circular normalmente.
O ato teve início às 3h30 e durou quase duas horas, com os veículos sendo liberados por volta das 5h30.
Dessa forma, moradores e passageiros do bairro de Candeias e de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, acordaram sem transporte público na ruas.
De acordo com TV Jornal, isso prejudicou a circulação dos ônibus na Zona Sul do Recife. No Terminal Integrado Joana Bezerra, havia longas filas de espera, poucos veículos, ônibus saindo lotados e muita reclamação dos usuários de transporte.
Muitas pessoas estavam do lado de fora do terminal pedindo e/ou esperando por motoristas de aplicativos. Uma mulher relatou que estava desde às 6h da manhã esperando pelos ônibus.
"Quem pediu o motorista de aplicativo foi a minha patroa para eu poder chegar no trabalho. Infelizmente, a gente paga a passagem cara e nem tem ônibus".
A categoria debate o suposto descumprimento, por parte das empresas, da Convenção Coletiva de Trabalho, que foi firmado em acordo com a Justiça do Trabalho, em agosto de 2024.
A assembleia marca mais uma paralisação terminais e garagens de ônibus do Grande Recife, em meio a eleição da nova chapa para a presidência do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco.
No dia 21 de novembro, houve um ato com os trabalhadores da empresa Metropolitana, feito pelo Sindicato.
Na madrugada do dia 22 de novembro, um ato também foi realizado também pelo atual Sindicato dos Rodoviários nas garagens da empresa Caxangá.
Já no dia 25 de novembro, outro ato foi realizado na garagem da empresa Mobi, em São Lourenço da Mata, deixando os passageiros do Grande Recife sem transporte.
No dia 22 de novembro, Sindicato dos Rodoviários se reuniu com o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6).
Em nota, o TRT-6 explicou que o "desembargador Fábio Farias, atual corregedor, ouviu relatos sobre a jornada de trabalho e, novamente, colocou o TRT-6 à disposição para mediar possíveis conflitos, com o objetivo de estabelecer uma melhor relação entre as partes".
O TRT-6 afirmou, ainda, que "não houve solicitação formal de agendamento de audiências".