Como esperado, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, vetou o polêmico Projeto de Lei 1366/2023, que tenta coibir a prática do chamado ‘surf’ ou ‘amorcegamento’ nos ônibus da Região Metropolitana do Recife. O veto já foi encaminhado à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e a expectativa é de que seja refeito coletivamente, com a participação dos rodoviários e dos operadores do transporte coletivo de ônibus do Grande Recife.
O veto foi confirmado pelo governo de Pernambuco no fim da tarde desta segunda-feira (25/11) e, segundo apurou o JC, teria sido a recomendação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), a quem o PL foi submetido após ser aprovado pela Alepe no dia 30/10 e gerado muita polêmica ao ser divulgado.
Mas, além de vetar, a governadora teria conversado com o autor do PL, o deputado Pastor Júnior Tércio (PP), para que o texto fosse reconstruído com a participação das categorias que atuam no setor de transporte e sofrem diretamente com o 'surf' nos ônibus. O deputado, inclusive, teria sido chamado para uma conversa no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, no Centro do Recife.
Assim, não haveria perigo de a Casa decidir por derrubar o veto da governadora, que já era esperado pelo teor superficial do PL e, principalmente, pela polêmica que ele criou com os rodoviários e, posteriormente, até mesmo com os empresários de ônibus.
Nas redes sociais, o deputado fez questão de afirmar que o veto foi construído em conjunto para que o texto do PL possa ser aprimorado. “O veto da governadora Raquel Lyra ao PL 1366/23, de minha autoria, que coíbe a prática do “surf” nos ônibus, foi construído mediante entendimento meu com a governadora. Após ouvir as queixas dos rodoviários, optamos por apresentar, na Alepe, um novo projeto, mais robusto, para avançar nesta pauta mediante diálogo com a categoria”, disse o Pastor Júnior Tércio.