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Candidatos contam dificuldades do segundo dia de provas do Enem

A prova deste domingo, composta por 90 questões de Matemática e Ciências da Natureza, teve duração total de 5 horas, terminando às 18h30

Publicada em 11/11/2024 às 08:49h - 50 visualizações

por Agência Brasil


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Prova do segundo dia do Enem divide opniões dos candidatos - José Cruz / Agência Brasil  (Foto: )

 

Vários estudantes que participaram do segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo (10) começaram a deixar o local de aplicação das provas assim que os fiscais informaram que já haviam se passado as duas horas mínimas de permanência, às 15h30. Esse é o tempo necessário para que os candidatos possam sair sem levar o caderno de questões. A prova, composta por 90 questões de Matemática e Ciências da Natureza (química, física e biologia), teve duração total de 5 horas, terminando às 18h30.

Na Faculdade Uninassau, localizada no Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro, os primeiros candidatos que saíram da prova relataram que as questões de Ciências da Natureza e Matemática estavam particularmente desafiadoras. Eles expressaram dificuldades, especialmente nas disciplinas de química, física e biologia, que exigiram mais tempo e concentração para a resolução das questões.

"Ciências da natureza eu já esperava que fosse algo mais complicado até porque não é a área que eu tenha mais aprofundamento. Mas estava tranquilo de fazer. Matemática foi mais difícil. Eu quero estudar humanas, então semana passada foi mais fácil do que hoje. A de hoje como eu não sabia muito da matéria eu acabei fazendo de qualquer jeito", disse Vinicius Augusto, de 17 anos, que, com sua jaqueta flamenguista, admitiu que a final da Copa do Brasil entre Flamengo e Atlético-MG, que foi disputada durante a aplicação da prova, acabou pesando um pouco para sair mais cedo.

Mery Cristina Rosa, de 24 anos, está em seu terceiro Enem. Ela quer cursar psicologia. "Eu achei difícil a prova hoje, apesar de ter estudado. Fui melhor na semana passada, quando fui uma das últimas a entregar a prova na minha sala. Mas estou esperançosa. Estou melhor preparada".

Nível de dificuldade

Em Brasília, a Agência Brasil conversou com alguns dos estudantes que encerraram a prova em uma universidade da Asa Norte, bairro central da capital federal. As explicações para a rapidez variaram.

Houve quem disse que, por ainda não ter concluído o ensino médio e estar fazendo a prova apenas para conhecer o teste, não tinha o compromisso de responder todas as questões. E também quem admitiu que, por não saber as respostas, "chutou".

A primeira pessoa a deixar o local e conversar com a reportagem foi Pedro Henrique Lima Cardoso, 27 anos. Professor de língua portuguesa, ele contou que há quatro anos se coloca à prova apenas para sentir, em algum grau, o que os estudantes experimentam.

"Elas exigiam conhecimento de áreas do saber que eu não domino. O que demonstra que não é verdade que o Enem é uma prova puramente interpretativa. Não é. É uma prova exigente e que exige uma série de competências e habilidades. E é também uma prova de resistência", acrescentou, dizendo ter achado a prova deste ano "um pouco mais complexa" que as anteriores.

"E acho que o segundo dia [hoje] é sempre mais tenso para a maioria dos candidatos, por envolver questões de exatas. A maioria dos estudantes tem mais dificuldade em disciplinas como matemática, física, química", destacou.

Estudante da rede pública de ensino, Kris Rian, 18 anos, achou que a prova seria mais difícil.

"Algumas das questões eu achei fáceis. Física e matemática pega mais, são um pouco mais difíceis. Na primeira prova, eu acho que fui melhor. Agora é esperar [pelos resultados]", disse o jovem, que deixou a sala ansioso para chegar em casa a tempo de assistir à partida entre Flamengo e Atlético-MG, pela final da Copa do Brasil. "Agora é ver o jogo. Eu estava lá, fazendo a prova, e aí vinha o Flamengo à mente. E eu pensava: "Não! Foco na prova. Foca!", brincou Rian.

Já a terapeuta Rebeca Lacerda, 25 anos, avaliou que a prova está mais difícil em comparação aos processos seletivos de anos atrás. "Vim sem pressão. Se conseguir uma boa nota, vou tentar obter um bom desconto em uma universidade particular, mas como já tenho minha profissão; o privilégio de poder pagar uma faculdade particular e estou decidida a estudar pedagogia porque gosto muito de estudar e isso será um plus para o meu trabalho. Vim mais para me testar, ver como estão meus conhecimentos e como é a prova hoje em dia. E vi que ela é muito diferente de quando eu terminei o ensino básico, mais complexa", afirmou.




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