Após anos de abandono, a antiga Fábrica Tacaruna, localizada no limite entre Recife e Olinda, finalmente vai receber atenção do poder público. O governo de Pernambuco anunciou, nesta quinta-feira (10), a restauração do patrimônio histórico, com prazo previsto de dez meses.
No local, será construído um Centro de Formação dos Profissionais da Educação de Pernambuco (CEFORPE) e a Escola Técnica de Hotelaria e Gastronomia. O projeto contará com um investimento de R$ 4,2 milhões.
"De fato a Fábrica Tacaruna voltar a ser símbolo e patrimônio histórico resgatado do Recife. Aqui vai funcionar um Centro de Formação de Educação para professores e também uma grande escola técnica voltada para o turismo, hotelaria e gastronomia. É tudo que vai ser no futuro"", declarou a governadora Raquel Lyra.
A restauração do espaço é um trabalho de parceria das Secretarias de Projetos Estratégicos, Educação e Esportes e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
“É uma alegria imensa poder devolver ao povo do nosso Estado um equipamento que fala sobre a nossa identidade, mas também tendo uma utilidade voltada para aquilo que é símbolo do nosso governo: a educação", disse Raquel, em nota à imprensa.
A presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Renata Borba, avalia a história da edificação.
"Estamos falando da ressignificação de um bem cultural. Vamos transformar a Fábrica Tacaruna em uma fábrica do conhecimento, que vai permitir a formação de professores da Rede Estadual de Educação, mas também vai resgatar as memórias deste lugar tão representativo para o povo de Pernambuco", pontuou Renata Borba.
A edificação foi erguida em 1895. A construção que hoje é conhecida como Fábrica Tacaruna foi a primeira em concreto armado do Brasil, além de ter sido a primeira refinaria da América do Sul. Na época se chamava Usina Beltrão. Pouco tempo depois, a usina fechou as portas e o local ficou desativado até 1925, quando passou a abrigar a Fábrica Tacaruna, uma empresa têxtil que funcionou até 1955.
A fábrica foi desativada em 1982 e, posteriormente, entregue ao Banco Econômico. Em 1994, o espaço foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico pelo Governo do Estado, por meio da Fundarpe e, em 1996, foi declarado de utilidade pública para fins de desapropriação.