Em 12 meses, até o fim do primeiro semestre de 2024, Ipojuca, no Grande Recife, é a cidade do Nordeste que acumula a maior variação no preço do metro quadrado, de acordo com o Panorama Imobiliário da Brain. Reduto de empreendimentos imobiliários de praia, a região é reduto de destinos famosos em todo o mundo, como a praia de Porto de Galinha, e desponta com oportunidades para segunda moradia e investimentos para locação.
Segundo o levantamento, em Ipojuca a valorização foi de 103% no período, levando o valor médio do metro quadrado para R$ 15.699 - o maior valor para a região. Ainda em Pernambuco, Tamandaré, embora não tenha apresentado uma grande valorização, tem o segundo maior valor médio para o metro quadrado: R$ 12.669.
Em todo o Nordeste, o mercado imobiliário está aquecido, com aumento das vendas e lançamentos, mas ainda redução da oferta final, o que afeta diretamente a busca por reequilíbrio dos preços. Os lançamentos avançaram 10,2%, enquanto as vendas subiram 26,5%. A oferta final seguiu em queda, com -5,6% na comparação entre os primeiros semestres deste ano e de 2023.
Por segmento, o Nordeste segue forte com o Minha Casa Minha Vida, com mais 25,2% lançamentos, 70,5% de avanço nas vendas e estoque de 0,2%, no mesmo período comparativo.
Mas o destaque mesmo na região ficou por conta do segmento luxo, com crescimento de 93,1% nas vendas entre os semestres e mais 55% nos lançamentos. O estoque cresceu 25,2%. No segmento de luxo, Pernambuco tem a maior oferta, com 358 unidades. Mas é Fortaleza quem lidera o número de lançamentos: 156 no primeiro semestre deste ano. A capital pernambucana contabiliza 50 lançamentos.
Levando-se em consideração todas as faixas, o preço médio do metro quadrado na região cresceu mais em Alagoas (30,3%), estado que também detém o metro quadrado mais caro (R$ 11.679). A Paraíba vem em seguida, com média de R$ 10.242 (14,3%). Ceará tem média de R$ 9.728 (variação de 8,6%). Já em Pernambuco, a média do metro quadrado ficou em R$ 9.322 (avanço de 4%).