Congresso perde bom senso e amplia ordenação de despesas do Orçamento sem exigir prestação de contas
O que o ministro pediu é que, já que o contribuinte está pagando a conta ao menos alguém publique na base de dados de contabilidade pública.
Publicada em 16/08/2024 às 08:35h - 37 visualizações
por Fernando Castilho
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Ministro do STF Flavio Dino na reunião com representantes dos demais poderes - Divulgação (Foto: )
No país que inventou o orçamento público secreto os presidentes da Câmara, Arthur Lira e do Senado Rodrigo Pacheco anunciaram que estão indo ao Supremo Federal pedir que o colegiado derrubou liminar do ministro Flávio Dino.
As liminares concedidas pelo ministro em diversas ações levaram à suspensão do pagamento de várias modalidades de emendas parlamentares.
A decisão dos líderes políticos pode, inicialmente sugerir que o ministro exorbitou nas suas atribuições por determinar que o Executivo suspenda o pagamento de recursos de emendas aprovadas na execução do Orçamento Geral da União.
Elas atenderiam a dezenas de municípios onde prefeitos em tempos de campanha esperam o dinheiro para realizar ou ao menos anunciar obras cujas verbas já estão no caixa da prefeitura.
Sem rastreio
Puro engano. O que o ministro pediu é que, já que o contribuinte está pagando essa conta, ao menos alguém publique (em algum lugar da base de dados de contabilidade pública) as informações de quem pediu, para onde pediu e no que vai ser gasto os recursos.
Mas não é isso. E a pressão dos deputados e senadores é que seja mantido um modelo de aprovação de emendas onde ninguém - a não ser o prefeito destinatário e o deputado remetente - saibam do que se trata.
Isso é um absurdo
Como assim? Reagiram os deputados da tribuna em discursos inflamados. Como o ministro ousa se imiscuir nas relações soberanas do Congresso com o Executivo? Com quem pensa que está atuando quando exige que as determinações soberanas das casas legislativas devam submeter-se a uma liminar de um integrante do STF?
Num país sério um deputado que se recusasse a esclarecer publicamente sua ação parlamentar para o seu município seria apeado do mandato em rito sumário. Excelência, diria o eleitor, o dinheiro é do contribuinte, portanto é nossa obrigação esclarecer no que estamos determinando o gasto.
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