Um conjunto de cinco quadras entre a Rua Barão de Souza Leão, Dez de Julho, Vinte de Janeiro e a Estação Aeroporto do Metrô onde existiam 85 casas construídas ainda durante a II Guerra Mundial quando o Recife abrigou a II Comando Aéreo Regional na região do Aeroporto do Recife vai abrigar dois conjuntos residenciais como um total de 528 apartamentos financiado pela Caixa Econômica para a Prefeitura do Recife na modalidade FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) que atende famílias de baixa renda.
O modelo FAR atende a imóveis com valores de até R$164 mil e são encaixados na Faixa 1 que entrega os imóveis de graça para as famílias selecionadas. Ele é diferente do programa Morar Bem, do Governo do Estado, que atende famílias com renda de até três salários mínimos, mas que são vendidos com o Estado pagando até R$20 mil de poupança.
Área privilegiada
Os terrenos estão numa área circundada por imóveis residenciais e comerciais e é vizinha à estação do Metrô e do Terminal Integrado de Passageiros que se conecta ao aeroporto. Eles foram repassados à Secretaria do Patrimônio da União depois da desativação das unidades militares da Aeronáutica e foram doados à Prefeitura do Recife que repassará os terrenos para o FAR dentro do seu programa habitacional de seis habitacionais aprovados, totalizando 1.432 unidades.
Segundo o secretário municipal de Habitação, Ermes Costa afirma que 1.432 unidades são um número recorde para Pernambuco em um único edital. “As inscrições aprovadas pela Prefeitura do Recife são as de maior volume no estado por qualquer ente público ou privado em uma única cidade”.
Público alvo
Mas segundo Costa a PCR ainda não definiu o público a ser beneficiado embora o conceito da administração municipal seja o de atender as comunidades no raio de até dois quilômetros e que estejam com projetos de urbanização previstos ou em curso.
O conjunto Vila Aeronáutica I com 288 unidades foi feito pela Construtora Baptista Leal. O Vila Aeronáutica II com 240 unidades foi feito pela Construtora Nord cujas propostas foram selecionadas pelo Ministério das Cidades. As construtoras estão em fase final de aprovação dos projetos de entrega de documentação junto a Caixa Econômica.
A Faixa 1 do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) atende a população em vulnerabilidade e quem é selecionado para as unidades precisa estar recebendo Bolsa da Família ou BPC que recebe o apartamento de graça.
Baixa renda
Para o secretário, os dois projetos fazem parte da proposta da PCR de democratização do uso da cidade. E que esses empreendimentos permitirão que pessoas de baixa renda morem em um local com toda infraestrutura, uma região de predominância da classe média é permitido o combate às desigualdades e especialmente, garantindo uma moradia digna.