Mercado deseja um gesto, mas governo não está disposto a sair do caminho traçado por Lula
O mercado está perdendo a paciência com Fernando Haddad para que seja uma voz de racionalidade dentro do governo dominado por gente "querendo obra".
Publicada em 21/06/2024 às 08:55h - 45 visualizações
por Fernando Castilho
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Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não consegue apresentar uma solução de contenção de gastos - DIVULGAÇÃO (Foto: )
O dólar comercial continuou em alta nesta quinta-feira (20)e encerrou as negociações no maior patamar do atual governo Lula. Fechou cotado a R$5,46, uma alta de 0,38% em relação a quarta-feira(19) no maior valor para o câmbio desde 22 de julho de 2022. O mercado de câmbio, portanto, não comprou a tese de força do BC com a unanimidade da decisão do Copom que manteve a taxa básica de juros em R$10,5% ao ano.
A decisão do colegiado do Banco Central poderia ajudar numa redução da chamada “apreciação da moeda americana” em relação à moeda americana. Mas está claro que, agora, o governo precisa mostrar, de fato, que está preocupado com as contas públicas já que ninguém deu mesmo bola para o discurso estridente do presidente que continua se referindo a Roberto Campos Neto como “esse rapaz”.
Referência ruim
A expressão de Lula como presidente do BC é abominável como a de alguns políticos quando, ao se referir a uma prefeita, ministra ou governadora, abre a frase com o adjetivo “essa mulher”. Para quem não lembra, Dilma Rousseff começou a exigir ser chamada de presidenta porque ouviu muita gente se referir a ela como “essa mulher”. Nos dois casos é igualmente desrespeitoso e preconceituoso.
Mas voltando à questão do mercado. Porque ele está tão refratário à ideia de uma baixa? E porque as cotações já chegaram aos maiores níveis na atual gestão de Lula?
Sem paciencia
Talvez porque os agentes econômicos estão perdendo a paciência com Fernando Haddad para que seja uma voz de racionalidade dentro do governo dominado por gente “querendo obra”.
Não vai ter obra. Dessa vez, Lula não tem como alocar grandes blocos de recursos em projetos que possam dar visibilidade de obras a seu governo.
O caso dos R$5,5 bilhões anunciados por ele e o ministro Rui Costa na reunião com os reitores revelou que não era dinheiro novo. Na verdade, era a soma de todas as rubricas do MEC para as universidades este ano. Porque o Novo PAC é uma soma geral de todas as rubricas do OGU, mais os projetos das estatais.
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