A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou ontem contraproposta de valor para que as mineradoras Vale, BHP e Samarco compensem os danos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), em 2015.
O valor solicitado é de R$ 109 bilhões, acima dos R$ 72 bilhões propostos pelas mineradoras em março e não contempla medidas reparatórias que já tenham sido efetivadas.
A contraproposta se dá no âmbito da mesa de repactuação e foi apresentada ao desembargador federal Ricardo Rabelo, mediador do Tribunal Regional Federal da 6.ª Região (TRF-6).
A Samarco e a BHP Brasil reafirmaram seu compromisso com a reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG).
Em nota, a Samarco disse que segue empenhada na reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem do Fundão e que "a empresa permanece aberta ao diálogo, em busca de soluções consensuais, sempre baseadas em critérios técnicos, ambientais e sociais, que atendam às demandas da sociedade, sobretudo do território diretamente impactado".
Já a BHP falou que "sempre esteve e segue comprometida" com as ações de reparação e que, como uma das acionistas da Samarco, continua disposta a "buscar, coletivamente, soluções que garantam uma reparação justa e integral às pessoas atingidas e ao meio ambiente."
A barragem do Fundão era administrada pela Samarco, joint venture entre a BHP e a Vale.
Procurada, a Vale não se manifestou até a publicação desta matéria.