O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) do governo Lula (PT) deve assinar nesta quinta-feira (25) a proposta de reajuste dos benefícios dos servidores federais.
A mudança no valor dos auxílios ocorre em meio a protestos da classe, em que uma parcela considerável das áreas ambientais e educacionais se encontra em estado de greve.
O reajuste nos benefícios deve afetar o auxílio-alimentação, o per capita da saúde complementar e a assistência pré-escolar, itens complementares recebidos pelos servidores federais.
A proposta de alterações nos benefícios dos servidores são:
Mesmo com o aumento, servidores do Executivo pedem uma equiparação dos auxílios em comparação aos valores recebidos por funcionários do Legislativo e Judiciário. Um servidor do Parlamento recebe de auxílio-alimentação o valor de R$ 1.331,59.
O governo declarou que o número de funcionários do Poder Executivo impede essa equiparação pelo grande impacto financeiro. O Ministério de Gestão também aponta que a igualdade nos valores não tem precedentes no país.
Caso confirmado o acordo, o Governo já paga os novos auxílios a partir de maio e entrará no salário de junho.
Lula já havia falado nesta semana que considera a mobilização dos servidores públicos justa, mas afirmou que só poderá dar "o que pode".
O presidente disse na terça-feira (23) que veio de um histórico sindicalista e que "ninguém será punido neste país por fazer uma greve" e reconheceu que os servidores "não tinham aumento de salário há muito tempo".
Apesar de afirmar que o governo planeja um aumento salarial para todas as carreiras do setor público, Lula declarou que não será possível atender a todas as demandas das categorias. O plano é que o reajuste salarial inicie em 2025.
Categorias pressionam para as alterações salariais começarem já em 2024, mas o governo declara não haver espaço no orçamento para tal mudança.