Depois do início das tensões entre o empresário Elon Musk e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do X, antigo Twitter, no Brasil apresentou uma resposta sobre posição da empresa de Musk em relação às decisões judiciais do país.
O caso ocorreu após Musk afirmar que Alexandre de Moraes promovia censura e relatar que não cumpriria as ordens judiciais de bloqueios de contas do X solicitadas pelo STF.
A defesa da filial brasileira do X emitiu uma nota nesta segunda-feira (15) em que confirma que manterá o cumprimento das ordens expedidas pelo STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O documento também declara que o X nos Estados Unidos também foi notificado pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos para fornecer informações sobre as ordens emitidas pela Corte brasileira e sua relação com a moderação de conteúdo na plataforma.
O posicionamento da filial brasileira do X difere da atuação do setor no começo das tensões.
Inicialmente, os representantes da rede social no Brasil solicitaram que as demandas do STF fossem diretamente tratadas com a sede nos EUA sob a alegação de que não teriam como interferir na administração da empresa. O pedido foi rejeitado pelo STF.
A tensão entre Elon Musk e Alexandre de Moraes fez com que o governo Lula (PT) suspendesse novos contratos de publicidade com o X. A país já gastara R$ 5,4 milhões em publicidade na rede social. Apenas entre 2023 e 2024 esse número foi de R$ 654.152,85.
As declarações de Musk fizeram com que Moraes determinasse a abertura de um inquérito contra o empresário para investigar crimes de obstrução de Justiça e incitação ao crime.
A última investigação estaria vinculada com a publicação do dono do X, que afirmou que divulgaria as demandas do ministro para provar que as solicitações violariam a lei do país.