A Polícia Civil de Pernambuco prendeu na manhã desta sexta-feira (15) suspeitos de envolvimento no ataque promovido por uma torcida organizada do Sport ao ônibus do Fortaleza, após um jogo entre os times na Arena de Pernambuco, em fevereiro.
As prisões ocorreram no âmbito da 12ª Operação de Repressão Qualificada do ano, chamada de "Operação Hooligans", que tem como objetivo desarticular uma associação criminosa responsável pelo ataque.
De acordo com a corporação, os suspeitos são acusados dos crimes de tentativa de homicídio, provocação de tumulto e dano.
Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão domiciliar, no Recife, em Jaboatão dos Guararapes e em Camaragibe, na Região Metropolitana, todos expedidos pelo Juízo da Segunda Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão.
Os presos e os materiais apreendidos foram levados para a sede do Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE), em Olinda.
Um dos detidos usava a camisa de uma organizada do Sport no momento da prisão.
A operação conta com 60 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. As investigações tiveram início ainda em fevereiro passado, e foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (Dintel).
Mais detalhes sobre a operação serão divulgados pela PCPE na manhã desta sexta-feira.
Na noite do dia 22 de fevereiro, após o fim da partida entre Sport e Fortaleza realizada pela Copa do Nordeste, o time cearense publicou uma nota afirmando que o ônibus do clube havia sido atacado por bombas e pedras. Seis jogadores foram atingidos e levados ao um hospital da capital.
Um vídeo publicado pelo CEO do clube cearense, Marcelo Paz, mostra o cenário caótico dentro do ônibus após o ataque, com janelas quebradas, vidros estilhaçados, um paralelepípedo usado pelos criminosos e vários jogadores feridos e ensanguentados dentro do veículo. Assista abaixo.
Na última terça-feira (12), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o Sport pelo episódio com oito partidas de portões fechados, multa de R$ 80 mil e proibição de ter torcida visitante durante todo o período de pena.
O tribunal acatou o pedido do relator Dr. Diogo Maia, baseado no Art.213 Código Brasileiro de Justiça Desportiva. O Leão ainda correu o risco de ser expulso da competição. Um dos auditores votou por retirar o clube da Copa do Nordeste, mas não teve apoio dos outros auditores no julgamento.
O vice-presidente jurídico do Sport, Rodrigo Guedes, afirmou que vai recorrer da decisão.
O presidente do clube, Yuri Romão, disse que o clube terá prejuízo de R$ 6 milhões com a punição.