Alegando que realiza um movimento de defesa de seus direitos, os policiais civis de Pernambuco optaram por manter sua greve, respaldados pelo esforço do Sinpol-PE (Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco) em "garantir justiça e equidade para a categoria".
O Sinpol havia protocolado um pedido de mediação no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), demonstrando, segundo a entidade, compromisso em buscar soluções por meio do diálogo e da negociação.
“Não podemos aceitar que a governadora evite o diálogo e, por isso, o pedido de mediação”, declarou Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol.
"De acordo com o STF, no tema 541, é obrigatória a participação do tribunal de justiça em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria”, comentou a entidade sindical.
"Diante da recusa do governo estadual em abrir espaço para negociações construtivas, a continuidade da greve é uma resposta necessária e legítima, defendida pelo Sinpol em nome da categoria. A decisão do TJPE, vista como uma liminar, será contestada pelo sindicato, que permanece firme em sua luta pelos direitos dos policiais civis".
"A governadora afirma que a questão da Polícia Civil está resolvida, mas sabemos que isso não é verdade", afirmou Áureo Cisneiros.
O presidente do Sinpol reiterou o compromisso do sindicato em defender os interesses da categoria e anunciou o início da greve à meia-noite de sexta-feira (9) "até que uma proposta concreta de diálogo e negociação seja apresentada pelo governo estadual ainda este mês".