Na última terça-feira (12), o Porto Digital completou 23 anos de existência. O parque tecnológico que conta com uma gama de empresas e instituições, além de um ecossistema inovador, não apenas marca a história do Recife, como também daqueles que fazem da tecnologia uma ferramenta para transformar o mundo.
Em meados dos anos 2000, surgiu a necessidade de criar uma nova agenda para a economia de Pernambuco. Representantes do setor privado, membros da academia e integrantes do poder público se uniram para propor algo completamente inovador: uma política pública para o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) que interligasse atores, empresas e organizações que até então agiam de forma independente e isolada.
A escolha do local, em pleno bairro do Recife, considerava também ações de revitalização dos edifícios centenários (alguns tombados), demonstrando que era possível combinar o desenvolvimento tecnológico com a preservação da história e da cultura. O modelo era adequar a infraestrutura do bairro para receber empresas modernas, ao mesmo tempo que eram mantidas, nas edificações, as características arquitetônicas históricas.
A iniciativa de criar um ambiente de negócios no ano 2000 levou o Governo do Estado a investir R$ 33 milhões, o volume necessário para consolidar a infraestrutura do Porto Digital.
Empresas de telecomunicações investiram mais R$ 1 milhão em infraestrutura e demais empresas privadas fizeram investimentos que totalizara R$ 10 milhões (valores da época).
Com base no modelo de hélice tripla, foi criada uma Organização Social (OS), chamada Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), para administrar o parque tecnológico e trazer investimentos e negócios até a região.
Passados 23 anos dessa história, o Porto Digital - que começou com duas empresas embarcadas - movimenta hoje cerca R$ 4,75 bilhões por ano e conta com mais 400 empresas, que empregam aproximadamente 17 mil profissionais.
Além disso, o Porto Digital está presente em Caruaru, Goiás e na Europa.