Nesta quinta-feira (07) é iniciado o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) de duas ações que pedem a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
Moro é acusado de abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação, contratos irregulares e caixa 2 (quando são desviados recursos e adicionados em um espaço paralelo ao registro oficial exigido pela lei eleitoral).
As acusações contra Moro partiram tanto do PL quanto da federação PT, PV e PC do B. Os partidos afirmam que Sergio Moro conseguiu vantagem indevida na disputa pelo Senado por conta de seu investimento, considerado por eles abusivo, na campanha. De acordo com as ações contra o ex-juiz sua pré-campanha obteve gastos de mais de R$ 2 milhões.
A denúncia afirma que Moro gastou acima do permitido pelo TSE em campanhas para Senado. O órgão eleitoral libera despesas de até R$ 4,4 milhões, enquanto os partidos envolvidos nos pedidos de cassação afirmam que Sergio Moro teria desembolsado mais de R$ 6 milhões em sua candidatura, ao levar em consideração o dinheiro investido na pré-campanha.
Sobre o caso, Sergio Moro afirma que a ação é um "absurdo" e que sua pré-campanha ainda como pré-candidato à presidência não o ajudou na disputa pelo Senado. "Foi exatamente o oposto, tendo o abandono da corrida presidencial gerado não só considerável e óbvio desgaste político, mas também impacto emocional".
Segundo informações do Portal Uol, Moro não respondeu até o momento se o senador irá depor nesta quinta, mas o ex-juiz não é obrigado a realizar o depoimento presencialmente ou neste exato momento.
Caso Moro seja condenado, sua chapa será cassada e Sergio Moro ficaria inelegível por oito anos. Caso o TRE-PR aceite as acusações ou não, ambas as partes podem recorrer no TSE. Em caso de cassação, haverá uma nova eleição para senador no Paraná.