Em uma reunião que contou com a participação de representantes dos secretários de educação, professores, estudantes e conselhos estaduais, o Ministério da Educação (MEC) tomou a decisão, no mês passado, de efetuar ajustes em uma parte da proposta relacionada ao novo ensino médio que havia sido apresentada no início deste mês.
Como resultado desses ajustes, está prevista uma ligeira redução na carga horária da formação básica destinada aos estudantes matriculados em cursos técnicos, a qual será um pouco menor em comparação com a oferecida aos demais estudantes.
Neste artigo, você encontrará as informações mais recentes sobre o anúncio feito pelo MEC em relação às alterações planejadas para o modelo do novo Ensino Médio, incluindo as atualizações na carga horária.
Com sua implementação iniciada em 2017, o novo Ensino Médio passou a ser introduzido em todas as escolas, sejam estas públicas ou particulares. Contudo, essa implantação foi interrompida pelo Ministério da Educação (MEC) em abril.
Os alunos podem, através desse modelo, escolher as áreas de estudo para se aprofundarem, o que resulta na reestruturação do currículo e no aumento do número de horas de aula nas instituições de ensino.
O Ministério da Educação está propondo um acréscimo na carga horária destinada à formação fundamental dos estudantes, alcançando um total de 2,4 mil horas.
No que se refere ao currículo, a modificação implica em uma elevação para 80% da carga horária total atribuída a um conjunto de disciplinas compartilhadas; anteriormente, somente 60% das horas eram dedicadas a essas áreas em comum.
Com o objetivo de formular uma proposta consolidada para o novo Ensino Médio, o ministro da Educação, Camilo Santana, tem a intenção de submeter o documento ao Congresso até o mês de setembro.
O Ministério sugere que todos os alunos abordem uma série de áreas de conhecimento compartilhadas, incluindo inglês e espanhol (como alternativa), arte, educação física, literatura, história, sociologia, filosofia, geografia, química, física, biologia e educação digital.
Por enquanto, as matérias obrigatórias englobam somente português, matemática, educação física, arte e filosofia. O MEC propõe, portanto, proibir o uso de ensino a distância para essas matérias fundamentais.
Com base nessas disciplinas comuns, o estudante teria a opção de escolher entre dois caminhos de aprofundamento, em vez dos quatro atuais: linguagens, matemática e ciências da natureza; e linguagens, matemática, e ciências humanas e sociais; além da opção de formação técnica e profissional.
Originalmente, a carga horária mínima anual era estabelecida em 800 horas-aula (totalizando 2.400 horas ao longo dos três anos do ensino médio). No entanto, na nova abordagem, essa carga horária foi ampliada para 3.000 horas ao término dos três anos de estudo.
De acordo com informações obtidas pelo Estadão, a formação geral básica consistirá em 2400 horas, enquanto a formação específica totalizará 600 horas. A única exceção diz respeito ao itinerário formativo vinculado à educação técnica e profissional, onde serão destinadas 2100 horas para o conteúdo básico e 900 horas para a parte específica.
No ano de 2022, houve uma reconfiguração das disciplinas tradicionais, as quais foram organizadas em áreas do conhecimento, incluindo linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Essa abordagem visa a oferecer uma estrutura curricular mais eficaz e promover uma compreensão mais integrada do saber.
A partir do início de 2023, cada aluno tem a oportunidade de personalizar sua própria experiência no ensino médio, escolhendo os domínios nos quais deseja se especializar, também chamados de "percursos formativos".