A Polícia Federal apreendeu o celular do advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, em uma busca pessoal realizada na noite da última quarta-feira (16). A operação foi autorizada pela Justiça.
A busca se deu após Wassef admitir ter pago quase 50 mil dólares do próprio bolso para comprar de volta um relógio Rolex, recebido pelo Governo Bolsonaro como presente de delegação saudita e vendido irregularmente no exterior.
De acordo com o g1, Wassef foi localizado em uma churrascaria que fica dentro de um shopping da Zona Sul de São Paulo. Além da apreensão do celular, o carro dele também foi revistado.
O advogado se mostrou surpreendido pela ação, mas não demonstrou resistência.
Ele foi alvo de busca no restaurante porque, na última sexta-feira, quando a PF deflagrou a operação sobre a venda irregular de joias, não foi encontrado em seu endereço. Quatro policiais do Setor de Inteligência da PF fizeram buscas por ele durante a tarde de ontem, até encontrá-lo.
Depois de ter dado diferentes versões sobre a venda do Rolex no exterior, na última terça-feira (15) Wassef assumiu ter comprado o Rolex de volta, nos Estados Unidos, supostamente para cumprir decisão do TCU. Ele nega que tenha sido ordenado por Bolsonaro.
"Usei do meu dinheiro para pagar o relógio. O meu objetivo, quando comprei o relógio, era cumprir decisão do Tribunal de Contas da União (TCU)”, disse em entrevista coletiva.