Nesta terça-feira (30), cerca de mil prefeitos se reuniram para debater acerca do pagamento do piso salarial da enfermagem em Brasília.
A reunião foi organizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Durante o evento realizado pela CNM, o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, declarou que a demanda da categoria pelo piso da enfermagem é justa, mas a fonte para o pagamento é fictício.
Os participantes do evento defenderam o aumento de 1,5% do Fundo de Participação dos Municípios para sustentar o pagamento do piso.
O aumento no fundo consta na PEC 25 de 2022, mas o texto ainda está em análise na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e aguarda votação.
A Confederação espera que esse aumento acarrete numa arrecadação de R$ 10,5 bi, que é o necessário para garantir o pagamento de forma permanente.
"[O valor] Não dá nem 50% do que precisamos e só vale para esse ano. O governo federal empurra, o município aceita e depois temos que segurar. Não podemos aceitar goela abaixo", alegou Ziulkoski.
O ministro Gilmar Mendes fez um pedido de vista para ter mais tempo para analisar o texto do piso salarial da enfermagem, o que fez o julgamento ser suspenso.
O julgamento tinha previsão de acabar na última sexta-feira (26).
Mesmo com a suspensão, a decisão individual do ministro Luís Roberto Barroso - que libera o pagamento do piso para a categoria, com restrições - ainda segue em vigor.
A lei do piso salarial da enfermagem prevê o mínimo que cada profissional da enfermagem deve receber. Confira:
Enfermeiros: R$ 4.750
Técnicos de enfermagem: R$ 3.325
Auxiliares de enfermagem e parteiras: R$ 2.375
Vale ressaltar que este será o primeiro piso da categoria.