O ex-ministro e agora senador Sergio Moro era um dos alvos dos ataques planejados pelo PCC. A facção estava orquestrando atentados, entre assassinatos, extorsão e sequestros, contra servidores públicos e autoridades, mas a ação foi desmembrada pela Polícia Federal.
De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, além de Sergio Moro, um promotor de justiça e um comandante da Polícia Militar também eram alvos da organização criminosa.
O motivo da investida frustrada seria a mudança nos protocolos de visita íntima em presídios e a transferências de líderes do PCC para presídios federais.
Na operação da Polícia Federal, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão em São Paulo, Paraná, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Nove pessoas foram presas e duas continuam foragidas.
Segundo a investigação, os criminosos trabalhavam com a ideia de sequestrar Moro e negociar a liberação de Marcola, líder do PCC.
De acordo com os agentes, pelo menos 10 criminosos vinham atuando em esquema de revezamento no monitoramento da família do senador, em Curitiba, no Paraná.
Moro e sua família, então, passaram a ser escoltados por forte esquema de segurança. Com o desmembramento da quadrilha, não houve ataque direto ao senador nem a pessoas próximas a ele.
Pelas redes sociais, Moro comentou a operação da Polícia Federal e os possíveis ataques à sua família.
"Sobre os planos de retaliação contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado", cita a postagem.
Após a divulgação da ação da Polícia Federal, diversas autoridades comentaram o plano contra o senador Sergio Moro. O deputado federal Mendonça Filho apresentou moção de apoio e solidariedade ao ex-ministro na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados.
"O ataque de uma facção criminosa contra agentes públicos e autoridades como o senador Sérgio Moro, uma referência no combate ao crime organizado, é por si só um ataque ao próprio Estado brasileiro", afirmou Mendonça.