Nesta quarta-feira (22), o Google celebra a data do 150º aniversário de Julieta Lanteri, médica e ativista ítalo-argentina que é símbolo de resistência e luta pelos direitos das mulheres, como o voto dessas na Argentina e América do Sul.
Com grandes conquistas, como se tornar a primeira mulher a frequentar a Escola Nacional de La Plata e ser uma das primeiras mulheres a obter um diploma de medicina na Argentina, Lanteri também ajudou a organizar o primeiro Congresso Internacional de Mulheres.
Para celebrar a data do seu aniversário, o Google criou um doodle, versão descontraída do navegador para comemorar feriados, aniversários ou homenagear a vida de alguém que marcou a história da humanidade.
De acordo com o Google Discovery, Lanteri emigrou da Itália para Argentina bem nova, mas foi desde sua formação que começou a se destacar. A Julieta passou parte da sua vida viajando para Europa e se especializando no atendimento médico de mulheres e crianças.
A médica foi um marco para mulheres em toda a América do Sul por ser a primeira mulher a votar. Além disso, ela fundou o Partido Nacional Feminista e se candidatou ao cargo de Deputada Nacional entre 1919 a 1932.
Aos 58 anos de idade, Julieta foi atropelada enquanto caminhava por uma avenida localizada no centro de Buenos Aires. Lanteri foi internada no hospital, mas não resistiu e faleceu.
Apesar das autoridades tratarem o caso de Lanteri como um acidente, a jornalista do El Mundo, Adelia Di Carlo, questionou o caso e, após diversas buscas do jornal, foi descoberto que o relatório policial estava riscado o nome do motorista e a placa do veículo, possivelmente acobertando o crime.
Mas, de acordo com o Aula Austral, a partir da matéria publicada foi descoberto que o homem responsável pela morte da médica, David Klapenbach, participava do grupo paramilitar de extrema direita da Liga Patriótica Argentina e já havia cometido mais assassinatos.