O deputado Romero Albuquerque disse ao Blog de Jamildo, nesta segunda, após novos ataques, que quer que o Governo do Estado amplie as áreas de restrição de banho nas praias da Região Metropolitana do Recife, até que um novo levantamento de áreas de risco e das espécies do animal na costa pernambucana sejam feitos.
"A adolescente mordida por um tubarão na praia de Piedade nesta segunda-feira (06) é a vítima número 77 de uma série de incidentes que acontecem em Pernambuco desde 1992, de acordo com o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões".
No pedido, Albuquerque requer o aumento do efetivo do corpo de bombeiros nas praias e a ação conjunta entre o Estado e os municípios para a fiscalização, extraordinariamente, enquanto durar o período de interdição.
O incidente desta manhã foi o segundo em Piedade em menos de 24 horas. O banho nas proximidades da Igrejinha é proibido desde 2021, após a morte de um banhista. O deputado também aposta em uma “massiva campanha de educação ambiental e orientação dos banhistas”.
“Não podemos discutir apenas Piedade. Toda a faixa litorânea na Região Metropolitana precisa ser monitorada. Os incidentes com tubarões no Recife, na praia de Boa Viagem, permeiam piadas na internet, que, mesmo em tom de brincadeira, chamam atenção para um assunto sério! Há muitos anos, o Governo do Estado deixou de monitorar e pensar ações para evitar novos ataques. Em menos de duas semanas, três casos foram registrados. Em um desses, não havia histórico de ataque. Não se pode ignorar um sinal da natureza!”, disse o deputado. “O futuro requer consciência do banhista e ação efetiva dos municípios e estado, contemplando o turismo, os comerciantes das praias e a segurança de todos”, afirmou.
O governo do Estado, depois dos novos ataques, decidiu agir. Entre as ações a serem providenciadas, está o reestabelecimento, junto às universidades, do estudo sobre incidentes com tubarões nas praias urbanas da Região Metropolitana.
“Nós vamos intensificar as nossas ações, retomando as pesquisas com as universidades que estão paralisadas desde 2015 para que, em atuação com as prefeituras, possamos garantir segurança à população na utilização da praia”, disse Raquel Lyra.