Um motorista identificado por Anderson Cândido de Melo, de 48 anos, foi morto por um delegado da Polícia Civil após uma briga de trânsito.
Segundo informações do G1, o crime ocorreu na tarde dessa terça-feira (26), na Avenida do Contorno, em Belo Horizonte. Em entrevista ao portal, a enteada de Anderson falou que a atitude do delegado foi covarde.
Segundo a jovem, Anderson é autônomo e estava em horário de trabalho quando foi baleado. Ela também contou que o padrasto era como um pai, dedicado ao trabalho e à família.
A jovem relatou ainda que Anderson não tinha o hábito de se envolver em confusão.
“Não era pessoa de beber, de fumar. Era uma pessoa evangélica, quando não estava em casa, estava na igreja. Super tranquilo, de muitos amigos”, descreveu.
Familiares, parentes e amigos de Anderson estão chocados com o crime. A jovem revelou que a casa estava cheia de pessoas que queriam prestar solidariedade.
Anderson Cândido Melo era casado e deixa duas filhas, além de um casal de enteados. Os quatro moravam na mesma residência.
Mesmo com todo o sofrimento da perda inesperada, os parentes ainda preferem esperar as investigações para se posicionar sobre o ocorrido.
A Polícia Civil afirmou que o delegado atirou contra o motorista do caminhão-reboque. A vítima morreu no hospital.
Informações preliminares apontam que a confusão começou alguns metros antes, no sentido centro, ainda por motivo não esclarecido.
O delegado Rafael Horácio e um outro policial estavam em uma viatura descaracterizada. O delegado teria atirado contra o vidro do veículo e o disparo atingiu o motorista. Anderson Cândido Melo, foi baleado no pescoço.
A vítima foi socorrida e levada para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII. A Corregedoria da Polícia Civil acompanha o caso.
A Polícia Civil disse, em nota, que o delegado "efetuou disparo de arma de fogo contra motorista de caminhão, que foi socorrido e faleceu no Hospital João XXIII. O policial civil se apresentou de forma espontânea na delegacia mais próxima, onde a arma de fogo foi recolhida".