Preso em flagrante nesta segunda-feira (11) após ser filmado estuprando uma paciente em trabalho de parto, o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra é alvo de investigações por pelo menos mais cinco outros abusos sexuais.
A informação foi confirmada pela delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, responsável pelo caso.
De acordo com a delegada, mais três casos de pessoas que procuraram a delegacia foram ouvidos nesta terça-feira (12). Uma delas, inclusive, era de outro hospital. "Contando com o que resultou no flagrante, são seis que investigamos", declarou.
Além do caso registrado no Hospital da Mulher Heloneida Studart após enfermeiras flagrarem o estupro por suspeitarem de Giovanni, a delegada apontou indícios de que o anestesista tenha cometido abusos nas outras duas operações do domingo (10).
Segundo ela, "os indícios são mais fortes, porque há todo o relato da equipe de enfermagem", além do vídeo gravado no mesmo dia.
O médico anestesista deve ser encaminhado ao presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8. Na tarde desta terça-feira (12), ele passou por audiência de custódia no presídio da Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Um processo administrativo também foi aberto pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) para expulsar o médico.
Nesta terça-feira, o escritório de advocacia que iria, inicialmente, realizar a defesa do médico, decidiu não atuar no caso. Giovanni foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.
A nova defesa do médico anestesista não foi oficializada até o fechamento deste texto. O espaço segue aberto para posicionamento.