Pais de gêmeos denunciam a falta de estrutura no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, o Imip, na região central do Recife.
De acordo com eles, os dois bebês, com cerca de dois meses de idade, estão com uma superbactéria. A família denuncia que, embora estejam internados, os gêmeos sofrem com atendimento médico precário no hospital.
A mãe dos gêmeos Clara e Calliel, Betânia, chegou a conversar com a reportagem da TV Jornal e explicou a situação vivida dentro da unidade de saúde.
Inicialmente, a sua filha havia sido internada e entubada, seguida pelo irmão gêmeo, que foi diagnosticado com anemia e a mesma falta de ar.
Segundo a mãe, que se apresentou como porta-voz de outras famílias que enfrentam a falta de assistência no Imip, após serem entubados e encaminhados para a UTI, os gêmeos Clara e Calliel contraíram uma bactéria hospitalar.
Ela conta que os filhos foram retirados da UTI por estarem em situação menos grave, apesar de não estarem completamente recuperados: "Eles foram tirados da UTI onde tinham um suporte mínimo para uma enfermaria onde nem higiene básica tem".
Ainda de acordo com Betânia, a unidade sofre com a falta de higiene e relatou a falta de profissionais disponíveis. Além disso, ela relatou que medicamentos antibióticos chegam a ser administrados com uma hora ou mais de atraso.
O tom na voz da mãe dos gêmeos Clara e Calliel é de revolta pela situação que teria presenciado na urgência do Imip: "Eu estava na UTI quando duas crianças desceram da enfermaria entubadas com risco eminente de óbito por negligência e falta de acompanhamento".
"A minha casa, que é uma casa simples, é um lugar mais seguro higienicamente falando do que esse hospital onde meus filhos prematuros, a minha filha cirurgiada está", concluiu.
O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) foi procurado pela equipe de reportagem da TV Jornal mas não se pronunciou até o momento sobre as denúncias.
A matéria será atualizada assim que a unidade de saúde se manifestar sobre o caso.