Na última segunda-feira (27), a Petrobras informou que vai reiniciar os processos de venda das refinarias Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul.
A retomada acontece no mesmo dia em que Caio Mário Paes de Andrade é eleito presidente da estatal. De acordo com a assessoria de imprensa da Petrobras, ele assumirá a presidência assim que assinar o termo de posse, cuja data ainda não foi informada.
Após o anúncio, surge a preocupação sobre as promessas de emprego na refinaria Abreu e Lima, em Suape, Pernambuco. Isso porque a notícia chega em meio a expectativas de investimentos prometidos pela estatal para a conclusão do segundo trem de refino da Rnest, que tem previsão de um aporte de R$ 5 milhões e possibilidade de gerar 10 mil empregos na refinaria até 2026.
Antes, a Petrobras já havia tentado vender a refinaria Abreu e Lima, porém sem sucesso.
A Petrobras foi questionada pelo JC sobre os investimentos previstos. A estatal reforçou que na apresentação do PE 2022-2026, o diretor Rodrigo Araujo comentou sobre o tema. Ele explicou que a construção do Trem 2 seria para “adicionar valor e capturar no processo de desinvestimento”.
Ou seja, a Petrobras se comprometeu a investir em meio ao processo de venda, iniciado já há alguns anos, para agregar valor à refinaria e atrair compradores.
A estatal ainda declara: "Com relação à Rnest, estamos prevendo o prosseguimento dos projetos de aumento de capacidade do Trem 1, e finalização da construção do Trem 2, com agregação de capacidade de cerca de 145 mil barris por dia".
"E, com isso, o nosso raciocínio, o nosso entendimento, é que nós damos prosseguimento a esse projeto, que adiciona valor, que nós podemos capturar no processo de desinvestimento", reforçou a Petrobras em referência à fala do diretor Rodrigo Araujo.
No entanto, os prazos para os investimentos anunciados ainda não foram apresentados pela Petrobras.