O avanço dos casos diagnosticados de varíola do macaco tem deixado países em alerta. Com essa crescente, cientistas da Escola de Medicina Tropical de Liverpool, na Inglaterra, descobriram que pacientes com quadro grave da doença podem continuar infectados por até dez semanas.
Os pesquisadores encontraram um paciente que testou positivo para a doença mais de 70 dias depois de apresentar os primeiros sintomas. A constatação foi feita pela equipe ao estudar sete casos registrados no Reino Unido entre 2018 e 2021.
Um homem de aproximadamente 40 anos, que não teve o nome identificado, foi infectado pela varíola do macaco na Nigéria e depois hospitalizado no Reino Unido.
“O vírus permanece positivo na garganta e no sangue durante o curso da doença e talvez ainda mais após a erupção ser resolvida. Não sabemos se isso significa que esses pacientes são mais infecciosos por mais tempo, mas isso nos informa sobre a biologia da doença”, escreveu o médico e autor do estudo, Hugh Adler.
A varíola dos macacos é uma infecção viral rara, semelhante à varíola humana, embora mais leve, registrada pela primeira vez na República Democrática do Congo, na década de 1970. O número de casos na África Ocidental aumentou na última década.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo.
De acordo com autoridades de saúde espanholas, a doença não é particularmente infecciosa entre as pessoas, e a maioria dos infectados recupera-se em algumas semanas, embora casos graves tenham sido relatados.