O depoimento da mãe de Débora Siqueira de Arruda, de 21 anos, que foi assassinada pelo ex-namorado, um policial militar, nessa quarta-feira (18), em Caruaru, foi bastante comovente.
No velório, a mãe da vítima concedeu entrevista exclusiva a repórter Renata Araújo, da TV Jornal Caruaru.
Muito abalada, Lúcia Cristina Arruda de Siqueira Araújo desabafou e contou que a filha era o seu bem mais precioso.
Durante a entrevista, Lúcia falou também sobre a perda do seu esposo recente e, agora, de sua filha. Forte, ela disse que a sua filha era apenas emprestada, pois ela sempre foi de Deus.
"Hoje minha filha descansou. Hoje ela se encontra nos braços do pai. Então, eu não tenho nem palavras. Na realidade, eu não pedi (minha filha). Ela só era emprestada. Ela não era minha, ela era do nosso Pai. Quando nós servimos a esse Deus, tudo está no controle em nossa vida. É ele quem nos dá forças. Eu só estou aqui de pé porque existe um Deus e eu sirvo a ele em espírito e em verdade. É ele quem me fortalece, mas não é fácil, eu sou mãe, como todas", relatou.
Lúcia também contou que Débora cursava direito e que tinha tudo para ter sucesso em sua vida, mas que estava sendo ameaçada.
"Minha filha tinha um futuro brilhante pela frente. Minha princesinha. Minha filha era um amor de pessoa, mas estava sendo ameaçada", falou.
O sepultamento de Débora deve acontecer por volta das 11h desta quinta-feira (19) no Cemitério Parque dos Arcos, em Caruaru.
A principal linha de investigação da polícia é feminicídio. "Abalou todo mundo. Todo mundo que trabalha com segurança pública. É um jovem, infelizmente por conta de fatores que a gente ainda vai precisar avaliar no decorrer da investigação, acabou acontecendo essa tragédia", lamentou o delegado.
O crime ocorreu por volta das 7h30 da manhã da quarta-feira (18) em Indianópolis, em Caruaru.
De acordo com informações da Polícia Civil, o policial militar, integrante do Biesp, Alef David da Silva, de 23 anos, matou a ex-namorada Débora Siqueira de Arruda, de 21 anos, com um tiro, e depois se matou.
Alef e Débora tiveram um relacionamento de aproximadamente 1 ano. Eles estavam em processo de separação, mas Alef não aceitava o fim da união.