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Adolescente é baleado e morto em Cordovil; família acusa PM de atirar e de jogar corpo em valão

Parentes afirmam que Cauã era lutador de jiu-jítsu e de luta livre em projeto social. PM afirma que vai abrir procedimento para apurar o caso.

Publicada em 05/04/2022 às 09:57h - 54 visualizações

por Anna Beatriz Lourenço, Bom Dia Rio


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Segundo familiares, Cauã teria sido baleado no peito por um policial militar ao deixar um evento que recebia crianças na comunidade do Dourado  (Foto: Reprodução/ TV Globo)

“Nós estávamos indo para casa quando os caras já vieram atirando em geral. Nós gritamos no beco: é morador! É morador! Eles largando tiro. Um morador parou no nosso lado e chamou para casa dele. Quando nós vimos, eles, os ‘cana’ largaram um tiro no peito dele e jogaram ele dentro do riacho. Sangue-frio. Nós gritando que é morador. Gritando, todo mundo gritando”, afirmou uma testemunha.

Os moradores afirmam que não havia operação ou troca de tiros no momento que Cauã foi baleado. Moradores da comunidade do Dourado chegaram a fazer uma manifestação pedindo por justiça, e um ônibus foi incendiado.

Segundo familiares, Cauã também trabalhava em um ferro-velho e tinha o sonho de se alistar nas Forças Armadas.

"Tiraram o sonho de meu irmão. Acabou com a minha família", afirmou Caroline, irmã de Cauã.

Segundo a plataforma de dados Fogo Cruzado, 16 adolescentes foram baleados este ano na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Cinco morreram.

O que diz a PM

A Polícia Militar afirmou que agentes do 16º Batalhão (Olaria) realizavam policiamento pela Rua Antônio João, nas imediações da comunidade da Tinta, quando foram atacados. Houve confronto e um suspeito foi atingido. Com o homem, que é foragido do sistema prisional, foram apreendidas drogas e R$ 39.

Mais tarde, os policiais seguiram até um valão próximo onde outros criminosos tinham pulado durante a fuga. Lá, eles apreenderam uma pistola e três carregadores. A PM afirma que os agentes souberam, mais tarde, que um homem atingido por bala de fogo no Hospital Getúlio Vargas, onde não resistiu aos ferimentos.

A Polícia Militar afirmou que um procedimento apuratório foi instaurado para apurar todas as circunstâncias da ação.

A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga a morte de Cauã. Testemunhas serão ouvidas e diligências estão sendo realizadas para esclarecer os fatos.

 

fonte:g1




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