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Expectativa é de moderação no ritmo de contratação nos próximos meses, diz economista

À CNN, o economista Carlos Macedo comentou os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência referentes à abertura de 328,5 mil vagas de empregos formais no país

Publicada em 30/03/2022 às 00:37h - 47 visualizações

por Anna Gabriela Costa


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 (Foto: Reprodução)

Em entrevista à CNN na noite desta terça-feira (29), o economista e analista de macroeconomia da Warren, Carlos Macedo, comentou os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Previdência referentes à abertura de 328,5 mil vagas de empregos formais no Brasil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados  (Caged).

O especialista destaca o cenário positivo para o país, mas pondera que a expectativa é de desaceleração na contratação de trabalhadores nos próximos meses.

“A fotografia atual é bem positiva, foi melhor que a estimativa mais otimista dos economistas. Mas, olhando adiante, em função da redução de confiança, dos indicadores de atividade e do aumento de juros em função da tentativa do Banco Central de controlar a inflação, a gente espera uma moderação nesse ritmo de contratação nos próximos meses”, explica Macedo.

O número divulgado nesta terça-feira (29) é resultado de 2.013.143 contratações e 1.684.636 demissões. Apesar de ser o melhor resultado mensal desde setembro de 2021, o saldo é 17,3% menor que o registrado em fevereiro do ano passado.

“Se a gente olhar os últimos 12 meses, a gente contratou 2,6 milhões de novos empregados formais, um número bem razoável. Se a gente considerar também o número de estoque, o total de trabalhadores formais na economia brasileira já ultrapassou o período pré-crise, que era de 38 milhões e agora é de 41 milhões”, disse.

“Mas olhando para os próximos 12 meses o que a gente projeta é de uma contratação de 1,2 milhões, um pouco menor, mas ainda um número bem satisfatório”, afirma Macedo.

Desafios para o crescimento na criação de vagas

À CNN, o especialista explicou quais são os principais desafios atuais para cada setor da economia no país, e as alternativas para o crescimento e a criação de novas vagas.

“Quando a gente olha pro setor da indústria tem uma grande ausência de matéria-prima, então não adianta contratar se não tem matéria-prima, necessária  para produzir, esse é o grande entrave olhando para o setor industrial”, disse.

Ele acrescenta que no setor de varejo o principal entrave é a inflação, “quando a inflação fica mais alta as pessoas vão ao supermercado, vêm os preços elevados e voltam com menos produtos. Então, naturalmente, com menor nível de vendas no setor de varejo os varejistas e atacadistas acabam contratando menos”.

Por outro lado, Carlos Macedo destaca que o setor de serviços apresenta alta, devido à reabertura da economia nas principais cidades do Brasil.

“Os principais entraves estão na cadeira produtiva global – em função da pandemia e mais recentemente com conflito geopolítico – e também na inflação um pouco mais alta que o Banco Central tem que subir os juros para controlar e normalizar”, concluiu.

 

Fonte: CNN




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