Mesmo antes de concretizar a invasão à Ucrânia, nessa quinta-feira (24), a Rússia enfrentava duras reações de líderes de diversos países.
As principais críticas partiam dos Estados Unidos e de parte da Europa, que hoje têm condenado as atitudes do presidente russo Vladimir Putin.
Quem também oferece resistência à Rússia é a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar do Ocidente que conta com 30 membros, e tem, inclusive, fornecido apoio logístico e militar à Ucrânia.
No entanto, nem só de adversários está rodeada a Rússia. Putin conta com o apoio de alguns aliados. Países que já dependeram ou precisaram da ajuda da Rússia em outros momentos decisivos da história se solidarizaram com a decisão de invadir a Ucrânia.
Ainda que nenhuma nação tenha declarado apoio militar aos russos, enviando armas ou contingentes, alguns líderes mundiais já declaram abertamente que apoiam o país em meio à guerra na Ucrânia.
Os principais aliados da Rússia pertencem a um bloco chamado de Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC).
A OTSC foi formada no começo dos anos 1990, após o fim do Pacto de Varsóvia e da Guerra Fria. Além da própria Rússia, os países da OTSC são:
Países da América Latina também declararam apoio ao presidente Putin. Venezuela, Nicarágua e Cuba criticaram os Estados Unidos e a Otan e sua posição em relação à Guerra na Ucrânia.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi incisivo ao declarar apoio aos movimentos de Putin na Ucrânia.
Maduro disse que tem “certeza de que a Rússia sairá dessa batalha unida e vitoriosa” e declarou “todo o apoio ao presidente Putin e seu povo”.
Sem apresentar provas, o presidente venezuelano disse que a Otan planeja cercar a Rússia e destruir o país.
A Venezuela é historicamente uma grande aliada geopolítica da Rússia no mundo. O governo de Putin tem cooperação militar, econômica e estratégica com o país latino-americano, a quem fornece equipamentos militares e mantém laços econômicos.
Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, foi um dos primeiros líderes mundiais a apoiar publicamente a posição da Rússia sobre a Ucrânia.
O mandatário afirmou que Putin estava certo ao reconhecer duas regiões separatistas do leste da Ucrânia como independentes.
“Tenho certeza de que, se eles fizerem um referendo como o realizado na Crimeia, as pessoas votarão para anexar os territórios à Rússia”, disse Ortega.
Embora tenha defendido uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia, a Cuba criticou fortemente os EUA por imporem “a expansão progressiva da Otan em direção às fronteiras da Federação Russa”.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores cubano disse que os EUA aumentaram as ameaças contra Putin e por isso agravaram a crise.
Países do Oriente Médio, como Síria e Irã, também demonstraram apoia à Rússia. Em pronunciamento na TV estatal, o ministro das Relações Exteriores da Síria apoiou a decisão de sua aliada Rússia de reconhecer duas regiões separatistas no leste da Ucrânia.
“A Síria apoia a decisão do presidente Vladimir Putin de reconhecer as repúblicas de Luhansk e Donetsk e cooperará com elas”, disse Faisal Mekdad.
“O que o Ocidente está fazendo contra a Rússia é semelhante ao que fez contra a Síria durante a guerra terrorista”, disse Mekdad.
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, disse ao presidente russo, Vladimir Putin, por telefone nesta quinta-feira (24) que a expansão da Otan era uma “séria ameaça” à segurança e estabilidade da região.
Assim, a Rússia conta com o apoio dos seguintes países:
Histórica aliada da Rússia, a China ainda não se posicionou concretamente ao lado da Rússia em relação ao conflito na Ucrânia.
O governo chinês, no entanto, evita classificar o movimento de Putin como “invasão”, e chegou a culpar os EUA por “exagerar” na perspectiva de expansão da Otan para o Leste Europeu.
“Ao expandir a Otan para o leste cinco vezes para a vizinhança da Rússia e implantar armas estratégicas ofensivas avançadas em violação de suas garantias à Rússia, os EUA alguma vez pensaram nas consequências de empurrar um grande país para o muro?”, questionou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Hua Chunying pelas redes sociais.
Fonte: Rádio Jornal